3D, Curva e Plasma – Porque esses recursos sumiram nas TVs

3D, Curva e Plasma – Porque esses recursos sumiram nas TVs

Já faz quase um século que a primeira TV foi vendida. Nesse meio tempo os fabricantes se empenharam continuamente desenvolvendo novos formatos e recursos nas TVs. Essa implementação de funções e novas tecnologias, vem com o objetivo de atender ao máximo a necessidade de seus usuários. Neste artigo, vamos recordar algumas das mais recentes tecnologias que foram colocadas de lado, ou estão à beira da extinção, apesar das vantagens que oferecem, vamos entender o motivo por trás disso.

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Motivos que levaram as TVs 3D sumirem com o tempo

TV com tecnologia 3D – Imagem de Lothar Dieterich por Pixabay

Por vários anos houve um grande interesse em TVs 3D, isso aconteceu após o lançamento do filme Avatar em 2009, que inclusive foi um enorme sucesso devido a nova tecnologia. Para atender a demanda, os fabricantes prontamente começaram a implementação e fabricação de TVs 3D, no entanto, apesar da tecnologia disponível o conteúdo em mídia para exibição nesse formato “3D” era muito escasso. Até mesmo a Netflix, chegou a testar filmes em 3D no Brasil, acabou desistindo da idéia, pois para exibir esse tipo de conteúdo era necessário pelo menos 8MB ou mais de velocidade de conexão da internet, comparado aos conteúdos normais que só exigiam 1 MB.

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O mercado em si, se tornou inviável, o que não foi suficiente para manter o novo formato disponíveis nas TVs. Afinal de contas, as TVs 3D eram 35% mais cara, do que outras TVs do mesmo modelo sem o suporte.

Outra coisa que atrapalhou a expansão dessa tecnologia em TVs foi a necessidade de usar óculos 3D. Durante a sessão de cinema pode até ser interessante e imersivo, mas em casa, a utilização dos óculos regularmente se torna um verdadeiro incômodo. O interesse pelo 3D começou a desaparecer em 2012, e o último dos modelos de TV habilitados para 3D foram lançados entre 2015 e 2016. A boa notícia é que a tecnologia 3D ainda é difundida em projetores e consoles (vídeo games).

Motivos que levaram a TV Curva serem deixadas de lado

TV com tela curva – Imagem por Andres Jasso em Unsplash

TVs curvadas tem o propósito de fornecer um efeito imersivo, o que funciona muito bem durantes a exibição de jogos e filmes. O interesse por esse tipo de tela surgiu em 2014 com o surgimento dos monitores curvos. A ideia foi um sucesso, tanto que todos os anos são lançados novos modelos curvos para monitores. Isso se aplica tanto aos modelos “Ultrawide”, quanto aos monitores “Widescreen” regulares e de baixo custo com uma proporção de 16:9.

Os fabricantes de monitores, estão sempre aprimorando esse formato de tela, tornando-as cada vez mais curva. Devido ao sucesso desse formato, os fabricantes decidiram aplicar nas TVs, no entanto, os modelos curvos em TVs não enraizou tão bem como em monitores.

E aqui estão os motivos. Em primeiro lugar, TVs no modelo curva se tornaram mais espaçosas, o que tornou difícil encaixa-las em espaços menores. A distância entre as laterais de tais TVs e a parede, é inevitavelmente maior do que a de uma TV convencional “plana”. Lembrando que um dos maiores motivos de sucesso com o advento das TVs planas era justamente sua espessura e economia de espaço.

Em segundo lugar, para o usuário que assiste a TV num raio de até 2 metros de distância, a curva da matriz reduz os ângulos de visão. Isso não é um problema para um monitor de computador fixo na mesa, que geralmente está a 70cm de distância e é usado por apenas 1 pessoa por vez. Mas no caso da TV: Imagine 5 pessoas assistindo na sala, sua curvatura torna o compartilhamento da visão menos confortável, e esse é um exemplo de uso bastante comum para uma TV.

Os principais fabricantes de TVs, finalmente deixaram de equipar as telas de grandes formatos com matrizes Curvas desde 2018. Que sabemos até o momento, é que no Brasil, o último modelo de TV curvo foi lançado em 2020, no caso foi a Samsung TU8300. Com a falta de interesse nesse formato de TVs é provável que nos próximos anos elas caiam no esquecimento, ou se tornem um produto de nicho muito raro. Inclusive TVs que combinam as tecnologias 4K, 3D e curvo ao mesmo tempo já são consideradas raras.

Motivos que levaram as TVs Plasma sumirem com o tempo

Imagem de Press 👍👍 Love you 💖 por Pixabay

Com o surgimento das TVs planas, inicialmente os fabricantes optaram pela utilização de painéis de plasma, elas possuíam suas vantagens que era o alto contraste de imagem, cor preta profunda e ótimo nível de brilho. Apesar dos benefícios, essa tecnologia trazia alguns problemas, que era o grande peso dessas TVs, preços consideráveis e o alto consumo de energia.

Outro problema das TVs de plasma, era a quantidade de calor gerado durante o uso. Os modelos maiores podiam ser comparados parcialmente, a um aquecedor elétrico. Assim como o OLED, o plasma é caracterizado por um efeito na tela chamado burnout de pixels com exibição prolongada de uma imagem estática.

Mais o verdadeiro motivo, que levou as telas de plasma ao esquecimento, não foram os problemas citados acimas, apesar de ter influenciado. O problema real foi o avanço das resoluções de telas, TVs de plasma só conseguia atingir resolução de 1024 x 768 pixels, o que não era o suficiente com a chegada do padrão HD, que correspondia á uma resolução de 1280 x 720 ou mais.

Veja neste artigo, a evolução e futuro das resoluções de telas. Vale a pena conferir!

Para compreender melhor essa transição, é preciso entender que devido às peculiaridades da tecnologia, a produção de modelos com diagonal relativamente pequena e alta resolução era impossível. Assim, uma transição em massa de TVs para uma resolução de Full HD, 4K, 8K em qualquer cenário tornaria a tela de plasma totalmente inviável. Então a mudança foi realizada e os últimos modelos de TVs de plasma foram fabricados em 2014, e deram entrada definitiva para os painéis LCD.

Imagem de destaque por – ADMC por Pixabay

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